O site de busca “Google” homenageou com um “doodle”
(desenho, rabisco), em formato de animação, os cento e cinquenta anos do nascimento
do grande compositor e pianista francês, que morreu no início do século XX, Claude
Debussy. O “doodle” (veja no final do texto) tem a bela cidade de Paris sob o luar, numa animação “iluminada”
tanto pelas imagens de um passeio pelas ruas da majestosa cidade luz, como pela bela música
de fundo.
O estilo impressionista do músico é reconhecido mesmo
por quem nunca ouviu falar do artista, pois suas belas composições para piano (“Clair de lune”, “Petit suite”, “Prélude à l’Aprés-Midi d’un Faun”) recheiam a trilha
sonora de diversas películas cinematográficas em
todo o mundo. A bela sonoridade instrumental de "O luar" (“Clair de Lune” em francês), a
música de fundo do "doodle", é uma das mais famosas, e a mais tocada em mais de trinta filmes (portanto, não dá para falar de todos). É a primeira grande arte (a música) complementando e enriquecendo a sétima arte (o cinema).
A bela melodia já foi reproduzida pelo diretor italiano Frederico Fellini, em seu filme “E la nave va”. O filme conta a história de uma cantora de ópera cujas cinzas são levadas pelos amigos para serem jogadas em alto mar após a morte da personagem. E aproveitando o tema, Fellini "usa e abusa" dos grandes compositores da música clássica instrumental (assista, no final do texto, a "orquestra de copos de cristais" nos brindando com um dos concertos de Schubert). A música “Clair de Lune” é tocada ao piano, em pleno navio, por um dos personagens (assista no final do texto).
Também no recente filme estadunidense “Desejo e
reparação” (título original “Atonement”), a atormentada personagem “irmã” da atriz
protagonista Keira Knightley ouve os últimos lamentos de um soldado moribundo
da 2ª guerra mundial, e o tema do diálogo entre os dois personagens é a lembrança das músicas de Debussy com a famosa música ao fundo nos enchendo de emoção com a
notícia do fim da guerra. “Atonement” tem roteiro adaptado fielmente da obra literária
de título homônimo do autor britânico Ian McEwan (acesse link, no final do
texto, para ler mais sobre o escritor, aqui no blog).
Em “Chamas da vingança”, de 2004 (título original “Man on fire”, remake do filme da década de 80)
a relação paternal de Denzel Washington pela menina sequestrada Dakota Fanning
tem também a bela melodia de “O luar” (“Clair de Lune”) como fundo musical que, junto com outras belas músicas (em especial, a também comovente "The end" com a bela voz de lamento da cantora australiana Lisa Gerrard), completam a trilha sonora desse ótimo filme, suavizando as violentas cenas da película.
Na comédia romântica “Frankie e Johnny” também “O luar” faz parte da trilha sonora para celebrar a paixão do personagem de Al Pacino pela bela Michelle Pfeiffer (trailer no final do texto).
Na comédia romântica “Frankie e Johnny” também “O luar” faz parte da trilha sonora para celebrar a paixão do personagem de Al Pacino pela bela Michelle Pfeiffer (trailer no final do texto).
O concorrente ao Oscar estrangeiro de 1994 (não
levou a estatueta) o filme vietnamita “O cheiro da papaya verde” também mistura
o divino som do piano da melodia de Debussy com as lembranças do cheiro de
papaya verde pela protagonista em meio a também bela fotografia do filme (trailer no final do texto).
No belo filme europeu “Amor e ódio” (título original “La
rafle” - trailer no final do texto) sobre a perseguição dos judeus na França, a bela melodia “O luar”
também inspira boas lembranças no meio do caos das torturas de Hitler.
A (chatinha) saga adolescente “Crepúsculo” também tem “O
luar” como parte da trilha sonora (na sequência intitulada “Eclipse”). A música também aparece rapidamente em “Sete anos no Tibet” (link, sobre esse filme, no final do texto), em “O
planeta dos macacos, a origem”, em "Vidas em jogo" ("The game") e até já apareceu no desenho animado "Simpsons".
*Links citados no texto:
*Links citados no texto:
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