Há algum tempo atrás, escrevi uma pequena e singela homenagem para
uma amiga, e o tempo passou e a vida nos levou por caminhos diferentes, e agora
de novo a vida vem nos mostrar que nunca estamos sozinhos, e que sempre
precisamos uns dos outros, e que devemos encarar os tantos desafios da vida com a
cabeça erguida, sempre.
A minha amiga e eu nos afastamos quando estávamos tão perto, e
agora que estamos a léguas de distância, a vida nos aproximou novamente. Assim,
decidi homenagear o retorno da nossa antiga amizade, aqui no blog, relembrando o
texto que escrevi para ela, e aproveito para relembrar filmes que comemoram a
amizade fraternal entre as pessoas, mesmo sem laços de sangue, filmes que também nos ensinam que a vida nos prepara para enfrentar desafios, e que a morte é um desses desafios, pois faz parte do enigmático ciclo da vida.
Abaixo, o texto sobre a minha amiga:
“Há muito já pensava em escrever sobre essa minha amiga gaúcha. Venho
colecionando “fatos e fotos” sobre ela, mas resolvi escrever logo, com o que já
tenho, pois hoje sei que terei material “ad eternum” para escrever muito ainda
sobre o “fenômeno” que é essa minha amiga "dos pampas".
Um dia ela me atende ao celular com um “fala, cabeção”, no outro
dia já muda o tom, mas ainda com seu jeito sempre brincalhão, atende com um
“fala, boneca”. Para sair com ela, nas noites cariocas, eu preciso sempre “exercitar”
meus músculos risórios previamente, porque é muita risada na certa, a noite
toda.
Ela consegue fazer graça, até de desgraça (a dela própria e a dos
outros). Não é a toa que colocamos o apedido dela de “Climber”, numa referência
ao “Joseph Climber”, esquete hilária do grupo “Os melhores do mundo” (assista
abaixo), pois ela também “é um exemplo de perseverança”, pois a vida
sempre foi uma “caixinha de surpresas” para ela (no bom e no mau sentido), e
ela, mesmo assim, tem “tirado de letra” as agruras que a vida já lhe pregou.
Numa das nossas saídas na noite, uma das amigas tinha acabado de
sorver um gole de sua bebida, quando a gaúcha disparou uma de suas histórias
hilariantes, e a tal amiga literalmente “explodiu” em uma incontida gargalhada, com toda a
bebida ainda na boca, e nos deu um “banho de álcool”. A noite
ficou mais hilária ainda, com essa nossa amiga, contendo-se para não se mijar de
tanto rir, apontando para a gaúcha: “O que é isso? Essa garota não existe, ela
é muito engraçada”.
Pois quem a conhece (como eu a conheço tão bem), sabe que a graça
dela, vai muito além de ser só engraçada. Ela é muito sensível (mas prefere
esconder isso muito bem, por trás do seu jeito bronco “gauchês”). Apesar de
longe, ficou ao meu lado (via celular) todos os dias, durante todo o martírio
que passei nos sete dias de internação de minha mãe, num CTI da minha cidade natal no interior fluminense, que acabaram por
levar minha querida mãe. Ela sofreu comigo como se fosse sua própria genitora.
E participo, também, da vida da família dela, da sua preocupação
com a mãe, e o irmão que ela tanto ama, a pequena família que ela tem, e que
vive a milhares de distância dela na terra gaúcha, e que, sempre emotiva, me
confessa querer tê-los ao lado dela, para sempre”.
E foi assim que terminei, na época, o texto sobre a minha amiga. E, abaixo, deixo dicas de filmes que têm tudo a ver com esses sentimentos, todos tão complexos e diversos, como amizade fraternal, medo da morte, relações familiares (conflituosas ou não), separação conjugal, e outros:
E foi assim que terminei, na época, o texto sobre a minha amiga. E, abaixo, deixo dicas de filmes que têm tudo a ver com esses sentimentos, todos tão complexos e diversos, como amizade fraternal, medo da morte, relações familiares (conflituosas ou não), separação conjugal, e outros:
O emotivo filme “Linhas cruzadas” (“Hanging up”, filmado em 2000) conta a história de um pai idoso e rebelde, mas amado pelas filhas, que está prestes a morrer, papel vivido pelo ótimo ator Walter Matthau. O filme contou com a participação das atrizes Meg
Ryan, Diane Keaton e Lisa Kudrow como as filhas do personagem do veterano e excelente
ator, e as três irmãs, que sempre se desentendiam e mal se relacionavam, se vêm no meio de um
turbilhão de sentimentos e ressentimentos que precisam resolver, no meio da
ameaça de morte do pai agora moribundo.
Este filme me tocou profundamente, pois foi o último filme do aclamado ator Walter Matthau (como a vida imita a arte e vice-versa, o venerado ator faleceu naquele mesmo ano do lançamento do filme). A morte do ator mexeu muito comigo, pois eu tinha acabado de ver este sensível filme, e também pela lembrança da minha infância/adolescência de cinéfila, pois cresci assistindo aos divertidos e emotivos filmes do ator, junto com o seu colega, o também ótimo ator Jack Lemmon, que também morreu logo a seguir em 2001.
A bela música do filme, "Once upon a time", ficou marcada em mim para sempre (ouça, no final do texto, na performance da voz magnífica do bluesman Jay McShann) e toda vez que a ouço, me vem a lembrança do ator que povoou minhas inocentes tardes de menina cinéfila, e a morte desses dois atores, quase simultânea (Walter Matthau e Jack Lemmon), me comoveu tanto, como se eu tivesse perdido dois entes queridos muito próximos (veja no final do texto, a divertida e emotiva homenagem de um para o outro no "American Film Institute' em 1988, e os dois novamente juntos em "Dois velhos rabugentos").
O filme dinamarquês “Em um
mundo melhor”, vencedor do Oscar estrangeiro de 2010, mostra a importância da família na orientação dos filhos em
relação a sentimentos tão complexos como a vingança, o medo, a aceitação da
morte e a separação conjugal.
E assistam, na performance de um grupo de teatro (vídeo no final do texto) a tradução do belo poema "After a while" ("Um dia, a gente aprende") de autoria de Veronica Shoffstall, que tem sido veiculada, equivocadamente, na internet, como de autoria de William Shakespeare.
Assim, a dica de hoje, no blog, tanto os filmes como o poema "Um dia a gente aprende" (vídeo abaixo), é para a minha amiga Gláucia, para mostrar a ela que a vida nos prega peças, mas também nos ensina a enfrentar desafios, e que a morte não deve ser encarada como um fim, e sim pode ser o início de reencontros entre os que ficaram por aqui, e que devemos nos lembrar dos que se foram, com carinho e com aceitação, pois a morte faz parte da vida. É o indecifrável ciclo da vida.
"Once upon a time
The world was sweeter than we knew
Everything was ours
How happy we were then
But somehow once upon a time
Never comes again"
E assistam, na performance de um grupo de teatro (vídeo no final do texto) a tradução do belo poema "After a while" ("Um dia, a gente aprende") de autoria de Veronica Shoffstall, que tem sido veiculada, equivocadamente, na internet, como de autoria de William Shakespeare.
Assim, a dica de hoje, no blog, tanto os filmes como o poema "Um dia a gente aprende" (vídeo abaixo), é para a minha amiga Gláucia, para mostrar a ela que a vida nos prega peças, mas também nos ensina a enfrentar desafios, e que a morte não deve ser encarada como um fim, e sim pode ser o início de reencontros entre os que ficaram por aqui, e que devemos nos lembrar dos que se foram, com carinho e com aceitação, pois a morte faz parte da vida. É o indecifrável ciclo da vida.
"Once upon a time
The world was sweeter than we knew
Everything was ours
How happy we were then
But somehow once upon a time
Never comes again"
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