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domingo, 9 de dezembro de 2012

Tim...Tim... Um brinde aos inimigos.

Um amigo me mandou a interessante história de uma pequena e frágil velhinha de 98 anos que, numa reunião de cunho religioso, quando o pregador pergunta quem estaria disposto a perdoar seus inimigos, ela foi a única que não levantou a mão, alegando "não ter inimigos". Toda a platéia entusiasticamente aplaude a senhorinha, e eis que o pregador a chama ao palco para dar seu belo testemunho, afinal chegar aos 98 anos sem inimigos não é para qualquer um, e eis que, com extrema dificuldade, amparada pela sua bengala, se dirige ao público (este ansioso pelas sábias palavras daquela aparente doce e frágil velhinha), e diz:  "Eu não tenho inimigos porque todos aqueles filhos da puta já morreram".

Eu sabia que a tal velhinha não ia me decepcionar, afinal inimigos são vitais para nosso crescimento, quem não tem inimigos acaba estagnado na vida. Claro que ter amigos é mais importante, mas todos nós precisamos de uns "inimiguinhos" para nos estimular a dar a volta por cima (não precisa passar por cima do sujeitinho, pois a vida certamente dará conta disso, mas dar a volta por cima é, no mínimo, vital). 


Claro que amigos são de suma importância na nossa vida, nos dão o ombro é bem verdade, mas os amigos em geral apenas nos acalentam e nos confortam, mas quem nos faz jogar duro para vencermos é sempre o inimigo que, à espreita, sempre que pode, tenta puxar o nosso tapete. 


Assim, mais um ano que se finda, hora de celebrar, então brindemos também aos nossos inimigos, pois graças a eles evoluímos porque, "ao nos jogarem no penhasco, nos dão a oportunidade de voar" (ainda mais no meu caso que, como dizem meus amigos, sou um "anjo rebelde", rsrsrs) . 


Os nossos inimigos contribuem mais do que se pensa para o nosso aperfeiçoamento. Eu, por exemplo, no meu trabalho, mandei meu agora ex-chefe, psicopata mau caráter e incompetente, para o quinto dos infernos, e o que parecia ter sido prejudicial para mim, ao contrário, me proporcionou crescer mais ainda profissionalmente, acabei me aperfeiçoando numa hiper-especialidade onde poucos atuam na minha área profissional.


E, na verdade, o que dói mesmo, como dizia Martin Luther King, é que no final não mais nos lembraremos das palavras duras dos nossos inimigos, mas sim do silêncio dos nossos amigos (que foi o que aconteceu comigo, quando fui massacrada pelo meu então chefe) e, como na música "Ideologia", dizia Cazuza: "meus heróis morreram de overdose e meus inimigos ainda estão no poder"( mas no caso do meu ex-chefe, a incompetência e imperícia do fulaninho vêm, pouco a pouco, sendo  desmascarada; será que a justiça existe mesmo?! Tarda, mas não falha??!!).


Um velho ditado, que é atribuído aos chineses, diz: "vida longa aos meus inimigos para que possam assistir de pé à minha vitória". E o que não faltam são frases célebres sobre inimigos: "recolha as pedras no seu caminho, faça uma escada e suba, mas não derrube os seus inimigos, apenas faça com que se ajoelhem". Outra frase famosa:"meu pavio é longo, como um pavio de dinamite, para que meu inimigos corram antes que eu os mande pelos ares".  Mais frases célebres: "sou um pouco do que os meus amigos me ensinaram e um pouco do que os meus inimigos me fizeram aprender". E a famosa frase emblemática que resume esse meu texto: "se você não tem inimigos, aceite um conselho, trate de arranjá-los".


Para terminar esse texto, deixo as palavras de Frejat: "eu te desejo muitos amigos mas que em um você possa confiar, e que tenha até inimigos prá você não deixar de duvidar..." (vídeo da música, no final do texto). 


E uma excelente dica: para quem não assistiu, a  peça teatral, baseada em livro homônimo, "A alma imoral" com a atriz Clarice Niskier, está de volta ao Rio de Janeiro até meados de dezembro. O rabino Nilton Bonder, autor do livro, compara a nossa atualidade com passagens da Bíblia e nos revela que é nossa alma que nos impulsiona a nos rebelar e assim evoluir, por isso imoral é a nossa alma e não o nosso corpo (detalhes sobre a peça e o livro, aqui no blog, em novembro de 2009, no meu texto intitulado "A alma imoral"). Não deixem de assistir, é imperdível (corram, a temporada termina dia 16).








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