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sábado, 26 de junho de 2010

Recordar é viver

O cinema, inexoravelmente, sempre nos brinda com cenas audiovisuais inesquecíveis, que continuam ultrapassando décadas e mais décadas, agora transpondo também séculos. Desde os primórdios do cinema mudo, as cenas que marcaram uma época ultrapassam a virada do século, e permanecem vivas na nossa memória, encantando gerações após gerações.

Me pergunto se, com o avançar “estonteante” das tecnologias prá todo lado, se ainda continuaremos dando valor a essas imagens tão “rudimentares” do século “passado”, ou se as gerações futuras as tratarão como “trash” num futuro próximo.

Bem, mas enquanto isso não acontece, e ainda temos esperança na humanidade, e no altruísmo e bom gosto da mesma, aí vão dicas de algumas cenas clássicas inesquecíveis do cinema, para regozijo e puro deleite.

Charles Chaplin com o seu eterno vagabundo Carlitos, encantou nossos avós e bisavós, e continua “fazendo escola” para os novos comediantes da atualidade – a cena da “dança dos pãezinhos” continua a encantar, mesmo depois de décadas (Jô Soares já fez a cena, em seu "talk show") – o filme “Em busca do ouro” (“Gold Rush”) é da década de 20, século passado (estranho, mas século XX agora já é passado) e em preto e branco.

Na década de 40, a bela atriz Rita Hayworth ficou imortalizada como “Gilda”  no filme de mesmo nome, cantando “Put the blame on Mame”, numa dança sensual, simulando um comportado “strip-tease” em preto e branco.

Ainda na década de 40, em “Casablanca”, em plena era nazista, a naturalmente charmosa e bela atriz Ingrid Bergman e o ator Humphrey Bogart protagonizam a cena que marcaria suas imagens para sempre na telona, ao som de “As time goes by”, eternizada na voz do ator/cantor Dooley Wilson, e a frase “We’ll always have Paris” (“sempre teremos Paris”) ficou imortalizada por causa desse filme.

Também na década de 40, Gene Kelly protagoniza “Marujos do amor” (“Anchors Aweigh”) na famosa montagem da dança com o rato Jerry (de “Tom e Jerry”). E já nos anos 50, ele fica eternizado para sempre, no musical “Cantando na chuva”, e também dançando e “ensinando inglês” para crianças francesas, em “Sinfonia em Paris” (“An american in Paris”) ao som do grande compositor George Gershwin, ou dançando com ele mesmo, em "Cover girl", como numa imagem em espelho.

E claro, não dá prá esquecer o famoso “pé de valsa” Fred Astaire, sempre magnífico, dançando de “ponta cabeça”, em “Núpcias reais” (“Royal wedding” dos anos 50) e em tantos outros filmes - belos tempos aqueles em que os homens dançavam divinamente, sem serem rotulados de gays (hoje em dia, os ditos "machos" jogam futebol e nem por isso não são gays, ao contrário, disfarçam bem mas, no fundo, "tão doidos" prá sair do "closet" com o parceiro do time - mas isso é papo prá um futuro texto). 

Mais recentes, já nos anos 70, relembro a memorável cena de “Butch Cassidy” com o eterno galã, o belo “olhos azuis” Paul Newman, na animada cena, pedalando uma bicicleta, ao som de “ Rain drops keep falling on my head”, de Burt Bacharach. 

Mais atual, anos 80, o ainda garoto Tom Cruise protagoniza uma das cenas mais "copiadas" até os dias de hoje, num playback imitando o cantor Bob Seger, com a música "Old time rock and roll" no filme "Risky business" (a cena já foi imitada no seriado "Scrubs", no seriado "The nanny" e até pelo "Alf, o ETeimoso"). E mais recente ainda, já nos anos 90, a cena marcante e bela, com Al Pacino, no papel de um cego, dançando um belo tango no ótimo “Perfume de mulher”. Inesquecíveis.

Infelizmente, não dá prá relembrar todas. O interessante é que, muitas dessas famosas e inesquecíveis cenas, não tinham o recurso tecnológico da atualidade, e mesmo assim foram criadas, graças a imaginação de grandes mestres do cinema, não "ficando atrás" quando comparados com os moderníssimos efeitos especiais da atualidade, e continuam a ser rememoradas e homenageadas, como a cena de Gene Kelly, remontada recentemente, com o desenho Stewie (no lugar do rato Jerry) da série em quadrinhos "Family guy" (veja abaixo no final do texto, as cenas e imitações mais famosas).

Recordar é viver e reviver (e sobreviver nesses atuais "dias de cão").
















 





 



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