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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Por que cinema, cinema, cinema e....cinema?

Nos dias de hoje, a correria da vida não nos deixa sobrando muito tempo, talvez por isso vemos tão poucos ligados numa boa leitura, apesar de não ser esse o meu caso, pois como adoro ler, costumo "devorar" um livro inteiro num só dia de folga.

Prá quem não tem essa facilidade, um bom filme (em casa mesmo) é uma excelente opção prá botar em dia o atraso cultural dos tempos atribulados de hoje em dia. Uma obra escrita pode, e muitas vezes consegue, ser adaptada magistralmente para o cinema.

Eu disse muitas vezes, mas nem sempre. Por exemplo, os filmes "Caçador de pipas" e "O código da Vinci" não conseguiram entusiasmar, principalmente para aqueles que leram a versão impressa dessas histórias. Já as obras da escritora inglesa Jane Austen foram cinematografadas magistralmente, ao retratar em imagens eternizadas, a Inglaterra do século XIX, nos excelentes "Razão e sensibilidade" e "Orgulho e preconceito" (veja trailer no final do texto).

Assim, se o cinema consegue transformar uma obra escrita em uma excelente obra cinematográfica, então, na minha opinião, o cinema é "superior" à obra escrita, porque são imagens registradas em cenas imortalizadas para sempre em nossas memórias, emoções audiovisuais que não podem ser descritas com palavras em língua nenhuma. A escritora Clarice Lispector percebia essa dificuldade, nenhuma palavra conseguia expressar totalmente seu íntimo.

Por exemplo, o teatro é efêmero, quem viu, viu, quem não viu, não verá jamais a mesma cena, mudam-se o palco, os atores, e já é outra cena, novamente não imortalizada. Ao contrário, o cinema dá vida aos personagens, eterniza para sempre uma cena. Como esquecer da cena final, magistral, do filme "Cinema Paradiso" com o personagem hipnotizado e os olhos marejados, diante das belas cenas "emendadas" dos beijos eternizados pelo cinema?

O cinema pode ser um entretenimento, mas como diz o cineasta dinamarquês Lars Von Trier (dos excelentes e não menos polêmicos "Dançando no escuro" e "Dogville"), o cinema foi feito prá provocar, prá "arrancar o espectador da apatia" e "jogá-lo contra a parede", e realmente, ninguém sai ileso depois de ver um filme dele.

Portanto, não há desculpas, da próxima vez que você achar que "não tem tempo", tire aquelas duas horas de cultura inútil que você perde com a chatice das novelas (e final de novela é tudo igual, casamentos chatérrimos na igreja, e "foram felizes para sempre", com o vilão devidamente enquadrado), esqueça a mesmice do futebol (tudo bem, dia de "jogão " decisivo, vá lá, tá perdoado), esqueça o "FANático" e os manjados bordões dos programas humorísticos, e vá curtir um bom filme. A cultura agradece.






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