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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Traição e vingança na mitologia e nos tempos modernos

Tanto a traição quanto a vingança têm sua história na mitologia grega - Zeus, deus do Olimpo, se disfarça de um jovem humano, enganando e conquistando a jovem e bela Sêmele. Ao ter conhecimento das relações amorosas de Sêmele com seu marido, Hera, "protetora dos amores legítimos", resolve se vingar eliminando sua rival, a inocente Sêmele. 

Hera, infelizmente, como a grande maioria das mulheres, ainda nos dias de hoje, isenta o masculino - Zeus, seu marido - de culpa. Traída e machucada por um marido que não a respeitava, o que Hera não se deu conta (e muitas mulheres da atualidade), em momento algum, é que ao matar Sêmele, apenas deixou vago para uma outra o espaço que não era capaz de ocupar. 

A fidelidade e exclusividade não precisariam ser cobradas se fossem vistas como "sinônimo" de respeito e admiração, e para tal, têm que ser mútuos; os homens querem a liberdade de ter "escapadinhas" que rotulam como "apenas envolvimento carnal, numa noite qualquer, sem envolvimento emocional". 

Ora, esses mesmos machos aceitariam essa mesma conduta de suas mulheres? Ou seja, sem envolvimento emocional, as mulheres seriam perdoadas de suas traições, como elas costumam perdoar os seus parceiros?? 

E não me venham com a "máxima" de que mulher não consegue se relacionar sem envolvimento emocional, porque esse velho conceito já era, bota um "deus do olimpo sarado" na nossa frente e quero ver "quem fica prá contar história". 

Mas é fácil falar quando a pimenta é nos olhos dos outros, traição por traição, qualquer que seja, com ou sem envolvimento emocional, envolvendo qualquer um dos sexos, é sempre doloroso prá quem é traído, não importa se é o homem ou a mulher o traído, 

porque zera a auto-estima, a auto-confiança, faz o traído se sentir menosprezado, menos amado, menos merecedor, principalmente se isso ganha manchete e todos ficam sabendo, é humilhante, e marca prá sempre o traído, que poderá ser a partir daí um desconfiado e controlador em todo e qualquer futuro relacionamento.

Prá quem é traído, o relacionamento a três costuma ser muito dolorido, mas em alguns casos, segundo o autor do livro “Zeus, Sêmele e Hera - o papel do amante no triângulo amoroso”, pode até ser útil. Estranho, não? Mas, segundo o autor, é através dessa terceira pessoa que um relacionamento, que estava ruim, ganha “um gás” prá poder continuar, é justamente o relacionamento clandestino que, em alguns casos, sustenta o oficial quando ele chega ao limite do insuportável.

E ele acrescenta: "muitas vezes, um dos parceiros, consciente ou não, faz questão de fechar os olhos e fingir que não sabe de nada, pois não tem coragem de ser alguém independente e buscar seu caminho sem quebrar esse ciclo de dependência, não consegue mais ser uma pessoa inteira. E por isso, se submete a humilhações veladas, a displicências, a amores pela metade, tudo pela manutenção da "coisa toda". 

Infelizmente, temos muitas Heras espalhadas por aí, em pleno século XXI. Para descontrair, veja abaixo o interessante vídeo sobre as "armadilhas da traição".


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