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sábado, 14 de novembro de 2009

Afinal, a fila anda prá quem?

"A fila anda". Nos dias de hoje, é o que mais se ouve dos amigos, principalmente depois daquele famoso "pé na bunda". Mas afinal de contas, a fila anda prá quem? Será que é tão fácil assim para as pessoas, hoje em dia? Que relações pós-modernas são essas, virtuais desde o primeiro momento? Onde foram parar as verdadeiras emoções dessas pessoas? Escondidas atrás de um teclado? O desapego é assim tão grande? Não existe entrega, intimidade, vínculo afetivo entre as pessoas? O que rola é só sexo? Orgasmo múltiplo? Real ou virtual? Enquanto durar o efeito da vodka e da caipirinha?

Se dermos uma breve olhada nos perfis das redes sociais, praticamente todos os internautas, em busca de relacionamentos, são "bem-resolvidos", "autônomos", "lindos e poderosos", verdadeiros "fodões", é de dar inveja (se realmente acreditássemos nisso). Será mesmo que não precisam de troca, de nenhuma entrega emocional, de nenhum envolvimento mais profundo? Só estão atrás de sexo, de performances pirotécnicas? É a era do "ficar" ou já estamos na era do "pegar" e "largar"?

Não sei, mas comigo a fila demora a andar. Ainda preciso de "certo alguém" que me faça sonhar acordada, que me envolva em aconchegos, que até me traga incertezas mas reais (não certezas virtuais), que saiba acalentar meu choro contido, rolar na cama e depois me traga um bom café prá me acarinhar. Pequenas "coisitas", nada mais que isso.

O filme "Closer - perto demais" (veja trailer no fim do texto) é um excelente filme que, apesar de "deprê", fala desses relacionamentos cheios de desencontros, de humilhações e traições, de almas solitárias, e principalmente da superficialidade e do hedonismo dos relacionamentos de hoje em dia.

O filme conta com Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen envolvidos num "quarteto" amoroso, num troca-troca nada convencional, e a película inicia os créditos ao som da bela música "Blower's daughter" do irlandês Damien Rice, música essa que foi "detonada" pela versão prá lá de chata e brega da Ana Carolina - "é isso aí ??? eu não consigo parar de te olhar" (eu já não gostava daquela voz máscula - sem preconceitos - depois dessa versão então, nem se fala)






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